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Berlim estava no meu TOP 5 cidades pra se conhecer antes de morrer. Meu plano era passar réveillon por lá mas dizem as más línguas que: É FRIO PRA CACETE e você chega tipo 18h pra pegar lugar no portão de Brandemburgo e fica lá, picolezando… coisa de gente doida né? Não, brigada. Fui no começo do inverno mesmo, tranquila, pra passear. Foram 3 dias por lá e eu preparei um roteiro rapidinho pra você saber o que fazer em Berlim com 3 dias.

Fiquei num Hostel muito bonzinho em Mitte, o Generator Berlin Mitte, o bairro fica muito perto de praticamente tudo que você precisa ver, dando pra ir a pé tranquilamente. Além de perto, o hostel era extremamente limpo, confortável e com banheiro dentro dos quartos! Isso pra quem é acostumado a ficar em hostel é luxoooo. O pessoal da recepção são uns amores também, na primeira noite fiquei no quarto de um cara que roncava feito um poico e eu pedi pra trocar pra um quarto só com meninas, prontamente fui atendida e resultado: no quarto só tinha eu!  Sem falar que eles são conhecidos pelas festas que dão no subsolo do hostel. Cheguei na metade da tarde e como eu to trabalhando remoto preferi ficar no hostel numa parte mais tranquila pra adiantar o trabalho já que no dia seguinte eu iria bater perna pela cidade.

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Dia 1

Comecei o dia  com o maravilhoso portão de Brandemburgo, a pé do hostel dava uns 15 minutos e no caminho você pode dar uma parada na Ilha dos Museus e escolher um dos 5 museus pra visitar:

  • Museu Pergamon
  • Altes Museum
  • Neues Museum
  • Alte Nationalgalerie
  • Museu Bode (juro que amei esse nome) hahaha

Mas eu não parei pra museu nenhum como sempre foi um micro sonho ir no portão de Brandemburgo fui direto… ele é lindo e imponente e fica numa avenida onde só tem embaixadas, a rua é fechada, que acredito que seja por questões de segurança, o que deixa a gente muito livre pra tirar foto, diferente da Champs Elyseés que a gente corre o risco de morrer atropelado pra ter aquela foto pras redes sociais. Eu amei tanto que voltei lá todos os dias!

A gente sabe que a Alemanha carrega uma história pesada da II guerra mundial e a cada esquina da cidade a gente pode presenciar resquícios dela, infelizmente parte do turismo na cidade gira em torno disso. Logo do ladinho do portão tem a primeira parada triste,  o memorial em homenagem aos judeus executados durante o Holocausto. É impressionante, o seu significado é um pouco confuso: “os blocos são desenhados para produzir uma intranqüilidade, um clima de confusão e a escultura toda ajuda a representar um sistema supostamente ordenado e que perdeu o contato com a razão humana” Mas dá pra entender onde a razão humana perdeu o contato com o humano quando a gente lembra de tudo o que aconteceu,  é impossível não ficar pensativo em o quão escrota a raça humana é, quando a gente da uma volta por ali.

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De lá da pra ir andando pro Charlie Point porém no caminho você passa por uma placa quase despercebida indicando onde Hitler morou por alguns anos. Dizem que essa placa não é incluída nos guias de turismo pra não atrair nazistas fanáticos e ela é realmente difícil de achar, eu achei por acaso no caminho do Charlie Point que é um dos pontos de entrada da Alemanha Ocidental.

Charlie Point tem esse nome porque haviam várias entradas na cidade, cada nome indicando uma letra do alfabeto (Alpha a letra ABravo a letra B e Charlie a letra C) de acordo com o alfabeto fonético da OTAN. De um lado era território dominado pelos americanos e do outro lado pela URSS. Lá, além de um mini museu (pago), tem um pedaço do muro de Berlim e uma casinha onde ficava o ponto de entrada e saída. Dois caras, vestidos de soldados, tiram foto com você se você pagar e podem carimbar seu passaporte como se você estivesse entrando no território da Alemanha Ocidental, por 5 euros (dica: se você quiser esse carimbo, lá no muro de Berlim (East Side Gallery) tem um lojinha que carimba o passaporte por 2 euros).

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De lá eu fiquei procurando o Muro de Berlim porque eu sabia que não era só aquele pedacinho… existe uma galeria a céu aberto onde artistas pintaram painéis e eu queria ver, catei no google e achei: hoje ela se chama East Side Gallery. Precisei pegar metro, umas 5 estações e você chega na estação Warschauer Str. O bilhete tem validade de 2h e deu pra ir e voltar com o mesmo bilhete (embora que eu vi depois que o bilhete não é válido pra ir e voltar, ops). Vale a pena dar uma andada pelo muro, ir atééé o final. Além de ver os painéis que são super disputados pra tirar foto, tem uma parte onde geral escreve o que quer… tem muitas mensagens de amor, outras de política e outras engraçadas do tipo uma que vi em francês: “Julia, faça o dever de casa! Mamãe” Hahaha O dia tava incrivelmente lindo e frio, tirar a luva pra tirar foto era um sofrimento. Atrás dele passa um rio e tem uma vista legal da cidade. Mas valeu o passeio pelo muro, o significado dele também deixa você um pouco pensativa, Berlim te deixa toda pensativa na verdade. Não consigo imaginar o desespero dos habitantes de Berlim que eram separados por um muro quase impossível de cruzar entre duas realidades tão bizarras.

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Finalizei o dia voltando pra área central e visitando o museu chamado Topografia do Terror, que é gratuito e pelo nome a gente já imagina do que se trata. Pra mim foi a parte mais pesada da viagem… o museu foi construido onde era um antigo quartel general da Gestapo e SS e que foi destruído após um bombardeio. O acervo é de fazer chorar, fotos e vídeos de judeus sendo humilhados e mortos, histórias de pessoas reais. Também tem histórias de generais e como eles terminaram a sua vida o que dá um sentimento de BEM FEITO. Sabe? O museu também tem uma exposição externa mas devido ao frio era impossível ficar muito tempo lá fora. Interessante ressaltar que na entrada no museu eles aconselham você não movimentar muito os braços, nem levanta-los demais pra não correr o risco de ser mal interpretado (fazer o gesto de Hitler). No museu a gente pode ver as expressões das pessoas em choque, alguns choram… é um sentimento de velório mesmo, sai de lá muito mal.

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Dia 2

No segundo dia eu encontrei uma brasileira que conheci do couchsurfing. Coisa que eu sempre faço quando viajo sozinha é procurar companhias no site… já conheci muita gente legal e ter uma companhia numa viagem sempre é legal né? Carol foi uma bela surpresa vinda de Fortaleza e habitando em Viena! Vagamos pela cidade eu mostrei pra ela tudo o que eu tinha visto o dia anterior hahaha com o plus: Catedral de Berlim ♥

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Nesse região existe muitos prédios monumentais para se visitar e que você pode deixar pro dia 3

São elas:

  • Altes Museum (Museu de antiguidades)
  • Humboldt-Box (Museu futurista)
  • Museu Histórico Alemão
  • Zeughaus (prédio de 1730)

Por lá da pra ir na Alexanderplatz  que ta rodeada de ruas pra fazer compras. Lá fica a Galeria Kaufhof, que é uma loja de departamentos alemã. Da pra comer por lá também, tem umas barraquinhas que vendem aquelas famosas salsichas alemãs e outras coisinhas mais com preços bem bons! Do ladinho tem a Torre de TV de Berlim, nada de mais.. apenas uma torre kkkk mas da pra subir e ter uma visão legal da cidade, o ingresso custa €15,50 e às vezes tem umas filas cabulosas kkk tem como comprar no site e evita-las.

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Terminamos o dia 3 dando um passeio pelo mercado de Natal que nesse ano foi feito no Gendarmenmarkt que é tão típico na Europa. Nela, existem 2 catedrais a alemã (Deutscher Dom) e francesa (Französischer Dom). Na Catedral francesa, é possível subir até a cúpula e ter vista da praça pagando 3€, bem mais em conta que a TV de Berlim 🙂 Quando eu fui era época de Natal entao tava tendo aqueles mercados de Natal tão típicos na Europa.

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Berlim tem muito mais a oferecer, mesmo sendo ucarregando essa história pesada e triste das guerras hoje ela é considerada uma das cidades mais cools da Europa. Baladas, restaurantes e arte são as principais atrações que chama a atenção na cidade. Com certeza é uma cidade que eu voltarei um dia 🙂

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Escrito por rebecca
Ex- futura arquiteta, antiga Diretora de Arte e Mídia, atual Analista de Marketing Digital e para sempre Nômade.