Eis a questão? Com certeza se você tá planejando viajar nos próximos meses essa pergunta já martelou sua cabeça algumas vezes. Eu mesma por muitos anos viajei sozinha por falta de companhia mesmo. Algumas viagens eu amava, outras eu odiava pelo simples fato de estar sozinha. Era difícil medir se a viagem seria mais agradável se eu tivesse alguém ali do meu lado, porque muitas vezes que eu me sentia triste não era porque eu estava sozinha, mas sim porque eu estava ali em algum momento da minha vida que não estava legal, ou seja, eu não estava feliz comigo mesma, entende? Então viajar sozinha ou acompanhada nunca foi uma grande questão pra mim, mas sei que é para muitas mulheres.

Viajar sozinha foi um processo natural na minha vida, ou eu ia ou eu ia viajar, porque companhia eu raramente tive. E o tempo urge colegas, se eu fosse esperar companhia pra todas as viagens que já fiz, capaz que eu não conheceria nem 80% dos lugares que conheço hoje… é a realidade nua e crua que pode doer em algumas. Reconhecer isso me motiva a viajar cada vez mais e tomar o primeiro passo é um caminho sem volta. A melhor parte é ver o quanto eu me desenvolvi nesse processo:

  •  Aprendi a aproveitar meu tempo sozinha, às vezes até prefiro o silêncio que habita em mim do que ter alguém tagarelando do meu lado

Quantas vezes eu me vi aqui na sala da minha casa num sábado a noite, sozinha. Várias vezes eu já desliguei todas as luzes e a tv e fiquei apenas escutando os carros lá fora… juro, eu amo fazer isso. Viajar me ensina também sobre o meu dia a dia.

  •  Eu aproveito muito mais a viagem quando tenho total controle das situações e não precisa depender ou concordar com ninguém para tomar qualquer tipo de decisão

Sabe aquele: vamo? vamo! é você quem pergunta e você quem responde, simples. Se não quer ir, não vamo. Mas se quer ir, vamoembora. Minha primeira vez em Florença eu não fiz nada mais que comer e andar, não visitei nenhum museu, nenhuma atração pelo simples fato de não estar afim. Liberdade, fia.. ela é maravilhosa.

  •  Eu tenho segurança e principalmente CALMA pra agir de forma correta em alguma emergência.

Confesso que a calma só veio depois da segunda emergência, afinal eu vi que desespero não resolve nada. Querem saber de um babado fortíssismo que eu me meti em Amsterdam? então depois desse post, clica aqui. Provalvemente se eu não tivesse mantido a calma, teria enlouquecido.

  •  Desenvolvi mais a minha capacidade de interação com estranhos quando preciso de um favor ou uma informação (mas ainda odeio pedir pra alguém tirar foto minha)

Por mais que “ser sozinha” seja algo que não me incomode, isso não quer dizer que eu queira estar SEMPRE sozinha. Puxar um papo aqui, pedir uma informação ali deixa a gente mais segura de si, até em outro idioma viu? Não se importar muito com as opiniões alheias faz parte desse processo também. Muitas vezes a gente quebra ideia pre-concebidas nas nossas cabeças através de uma simples conversa com a menina que tá dormindo na cama do lado. E a parte das fotos, a gente com o tempo passa a desenvolver a capacidade de tirar selfies no timer mesmo haha

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em algum lugar no Peru

Por outro lado aprendi que compartilhar momentos com alguém é também muito incrível, a gente também pode se desenvolver como pessoa quando escolhe a companhia correta pra determinada viagem. E nem to falando de uma viagem inteira, porque muitas vezes viajando sozinha encontrei tantas pessoas que o termo “viajando sozinha” mudou totalmente o sentido.

Das vezes que batia a bad numa viagem sozinha era por motivos bobos, como não ter ninguém para comentar e dividir o momento e principalmente a conta hahaha vocês já prestaram atenção que um quarto duplo é quase o mesmo preço de um quarto individual?! Já vi um hotel que a diferença de preço era miseros R$30! Viajar acompanhado além de mais econômico pra se hospedar com mais conforto, também é uma lição e na minha opinão talvez seja até mais difícil que viajar sozinha, mas aí vai de cada um… como eu sempre viajei sozinha o “diferente” é ir acompanhada e comigo os aprendizados sempre foram:

  • Ter paciência para o tempo das pessoas que pretende viajar comigo. Tempo em que levam para ver as coisas, andar, descansar etc.

Ninguém é igual a ninguém né? Ás vezes a gente viaja de bando com a família, às vezes com aquele boy que você acha que é o amor da sua vida (mas não é não, miga). Independente de tudo, o respeito pelo tempo e dinheiro que ambos colocaram naquela viagem é fundamental.

  • Abdicar de um programa que você quer muito fazer porque simplesmente a sua companhia não quer ir (ai meu corassaum)

Essa pra mim é a mais difícil… e eu aconselho que quando for viajar com alguém, faça uma breve pesquisa de coisas que você não quer deixar de fazer de jeito nenhum se a companhia topar ir com você, ótimo! Se não, porque não procurar pra ele/ela uma coisa legal pra ocupar o tempo da pessoa por enquanto que você ta lá no seu programinha preferido? 🙂

  • Mesmo dividindo a conta em tudo, às vezes a gente pode até gastar mais porque a sua companhia de viagem prefere algo mais sofisticado.

Mas pensa bem, se você estivesse sozinha ali capaz que não teria a grana pra pagar um prato individual nesse mesmo restaurante então vamo pagar um pouquinho a mais e aproveitar a vista!

  • Sempre vai ter alguém pra tirar suas 1918139 fotos no mesmo lugar (essa é a melhor parte)

Existe uma grande diferença entre pedir pra uma pessoa desconhecida tirar uma foto sua e uma conhecida né? A desconhecida tira a foto e te entrega o celular… quando você olha, ta uma bosta hahaha quando a conhecida faz a mesma coisa você comenta: ah não, tira de novo, assim! A foto sai exatamente como você quer. A intimidade te faz exigir uma foto de qualidade hahaha e você sabe até que ponto pode ir nessa enxeção de saco 🙂

Então pra resumir: Viajar acompanhada vai ser sempre tentar achar o equilibrio que seja bom para ambos, viajar sozinha é achar o seu próprio equilibrio. Mas ainda tem a terceira modalidade de viagem:

Aquela que você vai sozinha e vai encontrando parceiros ou parceiras ao longo da viagem! Pra mim é a melhor modalidade. Porque você não ta presa a ninguém mas ao mesmo tempo pode contar com a companhia de alguém por uma determinada experiência! Estar sozinha numa atividade que todos entendem como divertida apenas quando se esta acompanhada parece difícil mas ver como muitas mulheres se tornavam intimidadas por esse mundo lá fora me fez perceber o quanto eu poderia ajudar à essas pessoas a não perderem mais seu tempo esperando o talvez inexistente, alguém pra ir descobrir o mundo.

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por do sol no jalapão

Quando a gente entende que o tempo é uma moeda de troca valiosa a gente aprende também a não desperdiça-lo com qualquer coisa (ou com qualquer um). Eu sempre quis conhecer o mundo, confesso que nunca imaginei que essa vontade fosse tão grande até de fato começar a conhecê-lo. A internet me colocou em contato com várias mulheres que têm o mesmo sonho que eu, mas que por alguma razão eram bloqueadas de segui-lo, a falta de companhia pareceu ser o fator determinante nessa tomada de decisão. E assim surgiu o vamo comigo 🙂 Meu xodó, aquele projeto que eu encaro como “projeto da minha vida!” Uma solução que ajuda mulheres a encontrarem outras mulheres para descobrir o mundo juntas!

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Se interessou? Sozinha ou acompanhada, a gente ta querendo te ajudar a sair dessa zona de conforto e encarar esse mundão que é lindo demais! E aí? Vamo Comigo? 🙂

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Escrito por rebecca
Ex- futura arquiteta, antiga Diretora de Arte e Mídia, atual Analista de Marketing Digital e para sempre Nômade.