Viajar com a possibilidade de  explorar diversos lugares foi uma das coisas que a pandemia nos tirou e que eu sinto muita saudade. Quando uma única viagem é possível conhecer dois destinos, era massa nera? Mas as famosas viagens bate e volta ainda são uma boa opção para quem ainda não se sente seguro em viajar por muito tempo na pandemia. Alguns destinos são bastante propícios para esse tipo de viagem, por serem bem próximos. O bate e volta de Ubatuba a Paraty é exemplo.

Assim, quem visita Ubatuba e seus paraísos naturais também pode aproveitar para conhecer Paraty, cidade histórica com menos de 50 mil habitantes que está localizada no Rio de Janeiro e encanta qualquer viajante com suas ruas de pedras e casas coloniais.

Eu escolhi focar este ano em explorar mais destinos nacionais, que não exigem tantos dias de viagem, que são pertindo daqui de São Paulo e acabam sendo até mais econômicos. Comecei essa minha “expedição” escolhendo a paradisíaca Região dos Lagos no Rio de Janeiro. Uma das grandes vantagens de morar em São Paulo – e eu já falei isso algumas vezes –  é encontrar voos com facilidade e poder contar com a ponte aérea. Ou seja, o Rio de Janeiro fica logo ali ♥ Então, aproveitando isso, me organizei para passar um final de semana por lá.

Minha visita a Arraial do Cabo tinha como objetivo principal fazer um passeio de barco, eu já tinha feito em 2012 e eu lembrava o quão lindo tinha sido. Na minha opinião, Arraial tem as praias mais bonita do Brasil e bate qualquer caribe! Água transparente, areia branca e sol torrando o couro, tudo que amamos. Eu já contei um pouco sobre o meu final de semana na Região dos Lagos (se você ainda não leu, clica aqui). Mas, o passeio de escuna em Arraial do Cabo foi tão incrível que eu tive que fazer um post só sobre ele.

Sobre a trilha do morro dois irmãos

Meu Tio Queiroz em uma conversa com meu irmão recém aprovado em uma faculdade fora da nossa cidade disse: “Meu filho, você está indo para uma cidade desconhecida, ela será sua casa durante muitos anos portanto viva essa cidade, torça por um time de lá, conheça cada ruela e faça daquele povo o seu povo também.” Eu, com meus 16 anos nunca mais esqueci disso e tomei pra mim esse conselho também e a cada final de semana que passo em casa vendo TV eu acho que to perdendo alguma coisa lá fora e um desses finais de semana que morava no Rio eu fui fazer a trilha do morro dois irmãos. A trilha que termina no topo do morro mais famoso do Leblon (e o único haha), um dos mais vistos em fotografias do Rio e onde fica a favela do Vidigal.

Leblão em alguma manhã de sol que eu ia pra praia torrar

Depois da pacificação das favelas o passeio por elas passou a ser super acessível mas li na internet que essa trilha seria aconselhável fazer sempre com um guia, eu até visitei alguns sites de guias mas olha, fui sozinha mesmo hahaha sem guia, porque na época a trilha bombava então sempre tinha gente por lá.

Geralmente a escadaria principal do Vidigal ficava cheia de gente mas esse final de semana, domingo, pré copa, porque Rebecca vai, não tinha NINGUÉM. Porque assim, pra chegar na trilha era preciso subir o morro, por dentro das ruelas da favela sabe? Daí pedi pra meu amigo carioca falar carioquês e pedir informação de como chegar lá com o mototaxi que tava por perto na tentativa de “eles não são turistas” mas né? Isso só funciona quando a gente pede uma cadeira na praia porque os caras já abordaram a gente com um “vamo subir pra trilha???”

Yeah, subimos o morro de mototaxi hahaha e nunca senti tanto medo na minha vida! Os caras conhecem aquelas ruelas como a palma da mão e vão voando, não tava tanto calor mas eu suei feito uma poica 🙁 Morri de medo. Pagamos R$10 pra subir e eu sabia que o preço normal era R$5 mas paguei mesmo assim. Cada um foi numa motoca, um seguindo o outro mas do nada  cada motoqueiro tomou um caminho diferente e ficou aquele medinho de: aimeudeusdoceu, cade a galera? Mas no final nos encontramos vivos no começo da trilha ♥